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Américas
01/12/2020

A temporada recorde de furacões em uma única imagem

2020 supera o recorde de 2005 de 28 tempestades nomeadas com 30 ciclones tropicais


A temporada hiperativa de furacões no Atlântico Norte de 2020 chegou oficialmente ao fim no dia de ontem com um recorde de 30 tempestades nomeadas. Mesmo que a temporada oficial tenha se encerrado em 30 de novembro, existe a possibilidade de um sistema ou outro ainda ser nomeado até 31 de dezembro, aumentando o tamanho do recorde.

As NOAA antecipava uma alta probabilidade de uma temporada acima do normal, com uma forte possibilidade de ser extremamente ativa. No total, a temporada de 2020 produziu 30 tempestades nomeadas, das quais 13 se tornaram furacões, incluindo seis intensos (categoria 3 ou superior). Este é o maior número de tempestades já registrado, ultrapassando as 28 de 2005, e o segundo maior número de furacões já registrado. A NOAA publicou pela sua divisão de satélites um mosaico com imagens das 30 tempestades nomeadas neste ano. 

A temporada já começou muito ativa com um recorde de nove tempestades nomeadas de maio a julho, e então esgotou rapidamente a lista de 21 nomes do Atlântico quando a tempestade tropical Wilfred se formou em 18 de setembro. Pela segunda vez na história, o alfabeto grego foi usado pelo restante da temporada, estendendo-se até o nono nome da lista, Iota. 

Este é o quinto ano consecutivo com uma temporada de furacões no Atlântico acima do normal, com 18 temporadas acima do normal nos últimos 26 anos. Este aumento da atividade é atribuído à fase quente da Oscilação Multi-Decadal do Atlântico (AMO) que começou em 1995 e tem favorecido tempestades mais fortes e mais duradouras desde então. Essas eras ativas de furacões no Atlântico duraram, historicamente, cerca de 25 a 40 anos. Uma temporada média tem 12 tempestades nomeadas, seis furacões e três grandes furacões.

“Como previmos corretamente, um conjunto de condições atmosféricas e oceânicas ligadas à oscilação na sua fase  quente esteve novamente presente este ano. Estes incluíram temperaturas da superfície do Atlântico mais altas do que a média e uma monção mais forte do Oeste africano, junto com cisalhamento vertical do vento muito mais fraco e padrões de vento vindos da África que eram mais favoráveis ​​para o desenvolvimento de tempestades. Essas condições, combinadas com o La Niña, ajudaram a tornar possível essa temporada de furacões recorde e extremamente ativa ”, disse Gerry Bell, Ph.D, responsável pela previsão de furacões sazonais do Centro de Previsão do Clima da NOAA.

A temporada teve recorde de tempestade nomeadas que tocaram terra na área continental dos Estados Unidos. Foram 12. Isso superou o antigo recorde de 9 estabelecido em 1916. As tempestades a alcançar os Estados Unidos em d2020 foram Bertha, Cristobal, Fay, Hanna, Isaias, Laura , Marco, Sally, Beta, Delta, Zeta e Eta.